Fragmentação de habitats
Nos últimos séculos ocorreram várias mudanças no mundo devido a explosão demográfica e econômica. As pessoas começaram a explorar os recursos naturais, de forma intensa e desordenada. O que antes eram áreas contínuas de florestas foram aos poucos sendo substituídos por plantações, pastagens, assentamentos urbanos. Hoje, é difícil encontrar grandes áreas de mata fechada, pois a vegetação foi transformada em fragmentos cercados por áreas abertas.
As espécies variam muito em suas necessidades de recursos, muitas necessitam de áreas muito grandes. Isso pode ser exemplificado pela pesquisa feita pela brasileira Eleonore Setz com um grupo de sakis, grandes macacos amazônicos que haviam ficado isolados em um fragmento de mata quando a área a volta foi desmatada poucos anos antes. Os macacos viviam isolados, por vezes tinham que se acasalar com seus próprios parentes, o que traz problemas genéticos. Às vezes um filhote nascia outro morria, mas não passava disso pois, o fragmento não tinha frutos e território suficiente para comportar mais de um grupo de sakis. Nestes casos o risco de extinção é muito grande.
O “Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais” (PDBFF),vem pesquisando o que acontece com os fragmentos da floresta Amazônica, e os resultados tem sido perturbadores. As pesquisas mostram que a floresta morre de dentro para fora, causando o chamado “efeito de borda”. Quando uma mata fechada começa a ser desmatada e fica cercada por áreas abertas, ou seja , fragmaentada, uma série de alterações acontecendo , modifica o clima, as árvores da borda ficam mais expostas e a cada ventania as árvores externas tombam em grande quantidade, como é o caso das árvores amazônicas que são grandes, mas tem raízes superficiais, o microclima vai mudando gradativamente, pois a área que antes era fechada fica cada vez exposta ao sol, ventanias, mudando toda estrutura da mata de fora para dentro. Consequentemente as espécies que