EXERC CIO Cap 10 Perda de habitat e fragmenta o

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PERDA DE HABITAT E FRAGMENTAÇÃO:
ARMADILHAS ECOLÓGICAS, CONECTIVIDADE E ASSUNTOS DE ESCALA

James P. Gibbs

Sente na borda entre uma floresta e um campo por algum tempo e você poderá listar muitas diferenças profundas entre estes ecossistemas. As diferenças na vegetação e no microclima serão especialmente óbvias para você e elas são também aparentes para os animais que necessitam selecionar seu próprio habitat. Algumas espécies preferem estes “habitats de borda”, talvez porque eles necessitem de recursos diferentes de ambientes diferentes, tal como campos para pastagem e floresta para proteção. Outras espécies parecem evitar as bordas; por várias razões elas precisam de habitat núcleo. Estas espécies sensíveis à borda não se darão bem em paisagens fragmentadas pelas atividades humanas porque quando as manchas de habitat natural tornam-se cada vez menores, a porção central (núcleo) destas manchas também ficam menores e menores. Pior ainda é, se a mancha encolhe o núcleo encolhe mais rapidamente porque a zona de borda ocupa uma porção relativamente maior da mancha. Se o fitness dos indivíduos é menor em habitats de borda, isto poderia afetar o destino de toda uma população. Especificamente, populações que ocupem principalmente habitats de borda devem apresentar um padrão de diminuição ao longo do tempo enquanto que aquelas em habitats núcleo devem ser estáveis ou estar em crescimento.
A fragmentação intensiva é um fenômeno recente na história evolutiva de muitas espécies sensíveis à borda, e por isso, organismos freqüentemente carecem de habilidade para discriminar entre habitats “núcleo” e habitats de borda. Conseqüentemente, muitos indivíduos podem se encontrar numa “armadilha ecológica”, que é estar vivendo em habitats de borda que parecem adequados mas de fato não são. Curiosamente, a extensão dos efeitos de borda é poderosamente afetada não apenas pela quantidade de perda de habitat, mas também pela escala na qual ela ocorre. Em outras palavras, duas