Habitats fragmentados corredor ecologico
Algumas características marcantes que diferenciam os habitats fragmentados dos naturais são, além da diminuição da área de habitat, o aumento considerável da área de borda e a aproximação do centro do fragmento de habitat da borda(diminuição da área interna, sem efeito de bordas).
Mas quais são as conseqüências disso para as espécies lá viventes?
Em primeiro lugar, a fragmentação limita o potencial de dispersão e colonização de uma determinada espécie. Os animais que lá vivem não mais podem andar livremente em busca de novas áreas, já que existe uma barreira que os impede de se deslocarem. Isso é válido também para sementes de plantas, que podem ser dispersas pelo vento ou por animais, especialmente os frugívoros. Um animal, ao tentar cruzar uma área livre, pode aumentar e muito suas chances de ser predado.
A capacidade de forrageamento dos animais também é comprometida. Muitos animais alimentam-se e buscam recursos em locais diferentes de acordo com o período do ano, e, para isso, precisam deslocar-se livremente. A fragmentação de habitats impede esse deslocamento, comprometendo essa capacidade que é fundamental para a sobrevivência da espécie. A busca por parceiros para o acasalamento e a polinização também ficam seriamente comprometidas.
Assim, a fragmentação de habitats leva ao surgimento de duas ou mais sub-populações de uma espécie, limitadas a uma área restrita; aumenta-se as chances de acontecer endocruzamento. Dessa forma, é possível que, com o tempo, as populações entrem em extinção.
Outra conseqüência da fragmentação de habitats são os efeitos de borda. As condições climáticam tendem a modificar drasticamente nesses locais. Nas bordas