Ecologia
SANDRO MUNIZ DO NASCIMENTO
Programa de Pós-Graduação em Ecologia,
Departamento de Botânica, Instituto de Biologia, Universidade
Estadual de Campinas, Instituto de Biologia,
Departamento de Botânica, Caixa Postal 6109, 13083-970
Campinas, SP, Brasil.
Autor para correspondência: munizsandro@yahoo.com.br
RESUMO (Efeitos da fragmentação de habitats em populações vegetais). A fragmentação de habitats terrestres é atualmente um dos principais impactos humanos em populações e comunidades naturais. Em muitos casos as conseqüências da fragmentação de habitats podem aumentar o risco de extinção de muitas espécies, alterar diversas interações ecológicas, tais como mutualismo entre planta-polinizador, alterar as taxas de crescimento vegetal, mudar a estrutura demográfica das populações, e influenciar de forma negativa o sucesso reprodutivo dos indivíduos em fragmentos florestais. Esta monografia concentrou-se em alguns estudos recentes que demonstram as conseqüências da fragmentação florestal, com diferentes tamanhos de fragmentos, nas populações vegetais. Palavras-chave – fragmentação florestal, interações ecológicas, populações vegetais, sucesso reprodutivo, taxas de crescimento.
Efeitos da fragmentação de habitats em populações vegetais
Introdução
Muitas populações e comunidades vegetais no mundo têm sido sujeitas a processos de limpeza da paisagem e destruição ambiental pelos humanos, os quais têm levado a uma subdivisão de habitats, originalmente contínuos, em menores, e manchas mais isoladas (Aguilar et al. 2004). O entendimento de como as populações e comunidades respondem à fragmentação é uma área central da pesquisa em ecologia (Bruna et al. 2002).
Uma das principais conseqüências da fragmentação é a dramática alteração das condições abióticas, principalmente em ecossistemas florestais (Gehlhausen et al. 2000). Por exemplo, a temperatura do ambiente em fragmentos e na