o Brasil Real
Adma Smith teorizou que o capitalismo apenas seria "progressivo" se melhorasse a renda dos trabalhadores mais pobres, por meio do aumento da produtividade do trabalho. Rousseau via o acesso diferencial à propriedade como origem das desigualdades.
O cientista social Kal Polanyi (2000), escrevendo em meados do século XX, veria o florescimento da economia política como resultante do contraste entre miséria e opulência, ou seja, a partir do momento em que o mecado de trabalho passava a comodar a vida em sociedade, já que para o mesmo afluía a massa de expropriados dos meios de produção.
Para Robert Castel (1998), até o último quarto do século passado, como resultado das litas sociais, os países desenvolvidos teriam criado uma "sociedade salarial", caracterizada por um estatuto coletivo do trabalho. Os trabalhadores teriam acesso a aposentadoria, seguro-desemprego, saúde e educação públicas, além de habitação e transportes subsidiados. A pobreza ficaria relegada a gupos-problemas geralmente compostos de imigrantes nos países desenvolvidos.
Simultaneamente, o conceito de exclusão social, segundo os autores acima mencionados, passaria a captar de forma mais abrangente as várias formas de inserção precária no mundo de trabalho ou de falta de acesso a um conjunto de bens sociais,desde que se descrevam analiticamente os processos que levam à "instalação na precariedade" (castel, 1998).
A pobreza não seria caracterizada apenas pela insuficiência de renda, ao passo que o desenvolvimento se faria impossível num quadro de ampliação das desigualdades - não apenas de renda -, mas também de acesso a bens sociais, ativos (terra e acesso a crédito) e direitos políticos e jurídicos. em outras palavras, o Brasil, os demais latino-americano, assim como o restante da periferia capitalista, não foram capazes de homogenizar a estrutira