Fotografia
Embora ela tenha aparecido mesmo no século 19, a fotografia começou a ser inventada ainda na Antiguidade, quando se descobriu o princípio da "câmara escura". Basta você fechar completamente um local - de uma grande sala a uma latinha de leite em pó - e depois fazer um buraquinho. A luz atravessa o buraco e projeta no interior da câmara fechada uma imagem invertida do que acontece lá fora. Mesmo com esse princípio conhecido há séculos, faltava o principal para a fotografia: bolar uma maneira de congelar essa imagem. A história oficial registra dois inventores que arrumaram uma solução para isso quase na mesma época: Henry Talbot, na Inglaterra, e Louis Daguerre, na França. Em 1835, Talbot publicou um artigo documentando como conseguira fixar imagens usando um papel tratado com cloreto de prata, que depois era mergulhado em uma solução de sal. O resultado era um negativo, ou seja, podia ser copiado diversas vezes.
Já o método de Daguerre, anunciado oficialmente quatro anos depois, capturava as imagens em uma fina chapa de cobre revestida com sais de prata, que recebia depois vapor de mercúrio para garantir a fixação. O resultado era uma imagem já positiva, que não podia ser mais copiada. Apesar dessa limitação, a qualidade das fotografias obtidas pelo chamado "daguerreótipo" era superior à das tiradas por Talbot, tanto que o método de Daguerre foi sucesso por muitas décadas, até o aperfeiçoamento de novas técnicas de exposição em negativo. O que a história oficial não conta, porém, é que em 1833 a fotografia pode ter sido inventada no Brasil, com um método diferente, por Antoine Hercule Florence, um francês que viveu aqui por muitos anos. Após vários experimentos - que incluíram até o uso de urina para fixar imagens -, Antoine desenvolveu uma chapa de vidro tratada quimicamente que capturava a imagem e depois podia passá-la para o papel.
Esse feito permaneceu pouco reconhecido por décadas até que o historiador Boris Kossoy, da