Fotografia
A fotografia possui linguagens variadas, tais como a expressiva e a crítica, que envolve os estudos científicos como a sociologia, a semiologia e a psicanálise.
Fazer, suportar, olhar. Assim o autor define as três práticas da fotografia. Operator, Spectator e Spectrum. Assim são nomeadas as pessoas envolvidas nesta mesma fotografia. Aquele que faz (o fotógrafo) é o operator. O que olha/ vê a fotografia é o spectator. Já o spectrum é aquilo que envolve a fotografia, a sua história, “o retorno do morto” (pg. 20), nos casos de retratos de quem já faleceu.
No capítulo 5, Barthes levanta a questão do pertencimento da foto. Seria esta do fotógrafo ou do fotografado? E a paisagem, não seria esta um empréstimo para o fotógrafo? – eis as perguntas que surgem, contudo, sem ter uma resposta definida. Assim aparece a análise da sociedade que valoriza o ter, fazendo com que a fotografia transformasse, desta forma, o sujeito em objeto.
A fotografia está cercada de diversas essências, como a material, que envolve a física, a química e a óptica da foto; a regional, que engloba a estética, a história, a sociologia. Porém, a essência da fotografia em geral é uma simples afirmação: “ela é feita, desde o primeiro olhar” (pg.39).
A fotografia tem a função de informar, representar, surpreender, fazer significar, dar vontade. E pode gerar conhecimento com perguntas etnográficas. Uma cena de época, mostra como as pessoas se comportavam, vestiam; como era a paisagem, o cenário daquele momento. Para explicar, Barthes utiliza uma foto de William Klein, Primeiro de Maio em Moscou, 1959. Nesta foto, vê-se como os russos se vestiam no final da década de cinqüenta, por exemplo. “Isso a fotografia pode me dizer, muito melhor que os retratos