INDÚSTRIA CULTURAL, IMAGINÁRIO, FANTASIA, IDEOLOGIA E ESTEREÓTIPO – ANÁLISE SOBRE A IDENTIFICAÇÃO EMOCIONAL DO PÚBLICO
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1. Indústria Cultural, Imaginário, Fantasia, Ideologia e Estereótipo – Análise Sobre a Identificação Emocional do Público O capitalismo se apropria do imaginário, que é uma válvula de escape para o mundo real. Nele, as aspirações, necessidades e utopias de cada ser humano projetam imagens representativas. Sendo assim, a lógica capitalista se apropria desse imaginário e vende representações que são agradáveis e aceitáveis, que, além disso, “realizem” os desejos mais ocultos e os sonhos mais inalcançáveis na dimensão da realidade. Ao considerar essa integração do real com imaginário, vemos dois tipos de movimentação: a de evasão, quando o utópico no real se torna possível no imaginário; e a de integração, quando algum elemento do imaginário se incrusta no real. E desse modo o sistema capitalista permanece vigente, já que tais fantasias são construídas para que não haja questionamentos, prescrevem atitudes e definem o que se espera do sujeito, como ele deve pensar, agir e falar. Sob essa ótica, lidamos com a Ideologia, que faz com que as pessoas se tornem objetos das situações. A ideologia é dominada por classes hegemônicas e poderosas que disseminam e impõem suas vontades às outras classes sociais. A Identidade de um indivíduo passa ser constituída a partir de processos de vivência que norteiam suas atitudes, suas escolhas, a sua concepção de quem é parecido consigo e quem se difere de si. Porém no atual contexto, o homem não pode considerar que a sua Identidade é algo estático:
As concepções de identidade cultural vêm transformando-se ao longo do processo civilizatório. Desde aquele sujeito do Iluminismo entendido como totalmente unificado desde seu nascimento, dotado das capacidades de razão, consciência e ação, passando pela idéia mais recente do “sujeito sociológico” que se forma nas relações com outras pessoas que mediam seus valores, sentidos e símbolos expressos em uma cultura. (MIRANDA, Antonio, pag. 82, 200)
É através da identidade que o