Construtivismo
Para o construtivismo, a pintura e escultura são pensadas como construções (e não como representações), guardando proximidade com a arquitetura em termos de materiais, procedimentos e objetivos. O termo liga-se ao movimento de vanguarda russa e a um artigo do crítico N. Punin, de 1913, sobre os relevos tridimensionais de Vladimir Evgrafovic Tatlin (1885-1953). Os pressupostos construtivos se fazem presentes, de diferentes modos, no cubismo, no dadaísmo e no futurismo italiano.
A ideologia revolucionária e libertária que impregnou as vanguardas em geral, vai adquirir feições concretas na Rússia, diante da revolução de 1917. A nova sociedade projetada no contexto revolucionário mobiliza os artistas em torno de uma arte nova, que se coloca a serviço da revolução e de produções concretas para a vida do povo.
Das pesquisas iniciais, em estreito diálogo com as pinturas abstratas e geométricas de Malevitch, o artista passa às construções tridimensionais, encontrando na fotografia um meio privilegiado de expressão e registro pictórico da nova Rússia. Sua perspectiva fotográfica original influencia de perto o cinema de Eisenstein.
Construtivismo russo
O construtivismo russo buscava a investigação sistemática da lógica formal e material da arte, o mergulho nas possibilidades técnicas dos meios de expressão. Dentro da construção de uma nova sociedade, o artista era visto como um construtor, um engenheiro visual.
O movimento do construtivismo leva o cinema a retratar etapas da Revolução de 1917 e a difundir seus ideais. O teórico e cineasta Serguei Eisenstein (1898-1948), diretor de A Greve (1924) e Outubro (1928), é o principal expoente. Seus filmes pretendem apresentar idéias para discussão, em vez de contar histórias. A montagem das cenas explora o contraste das imagens. O Encouraçado Potemkin (1925), seu filme mais importante, é uma obra de propaganda realizada para comemorar os 20 anos do levante popular russo de 1905, precursor da