Formação
A sobredotação mais do que uma condição permanente é um estado. Por isso, mais correcto do que dizer que uma criança “é sobredotada”, será dizer que uma criança “está sobredotada”.
Quando se fala de sobredotados muito se especula e talvez pouco se saiba, muitos são os mitos que rodeiam o assunto e que é preciso desmistificar. Há quem encare as crianças sobredotadas como pequenos génios elitistas, isolados do mundo, sem problemas e que têm tudo para se tornaram adultos bem sucedidos. Preconceitos como estes, a que é necessário pôr fim, contribuem para uma visão errónea do que é a sobredotação, dificultando acções mais concretas junto da criança sobredotada.
Não se pode trabalhar com estas crianças apenas no sentido de maximizar as suas capacidades intelectuais, com o intuito de a tornar um adulto excepcional mas sim corresponder às suas necessidades, tornando-a uma criança feliz.
Ao longo desta sessão serão abordados algumas questões acerca da problemática da sobredotação. Entre outros assuntos abordaremos a identificação, as características e as dificuldades do aluno sobredotado, bem como o seu enquadramento na instituição escolar e no seio familiar. Por fim, torna-se pertinente esclarecer que não há um padrão comum ou estereótipo do que é a criança sobredotada, pois, como qualquer outra, esta é possuidora de diferenças individuais, que a tornam num ser único.
Sobredotação
Definição de crianças sobredotadas
Segundo a A.N.E.I.S (Associação Nacional para o Estudo e Intervenção na Sobredotação) (2002),
O conceito de sobredotação não é simples, nem linear. Tradicionalmente estava confinado ao conceito de inteligência e de quociente de inteligência em particular, o conceito abarca hoje um leque bastante diverso de áreas de competência e talentos, tendo apenas em comum a excelência dos indivíduos. Esta excelência, reflectindo a capacidade e motivação, ou aptidão e esforço, pode emergir em simultâneo em diversas áreas ou, então,