Formação Permanente do Professor
Construir novos espaços/tempos de formação docente na escola não é uma tarefa utópica, tampouco imediata. Ela pressupõe um conjunto de elementos que perpassam as dimensões pessoais, profissionais e intelectuais que demandam a decisão do próprio sujeito focado, aqui, o professor. Além desta evidência, requer empenho intelectual e persistência coerente com a finalidade de promoção da formação dos professores por parte de quem a organiza.
O professor pesquisador, que tem sua ação como objeto de reflexão e como eixo do conhecer, tem a possibilidade de entender cada vez mais, a partir das necessidades surgidas na própria ação concreta, sobre o processo de conhecer de seus alunos encontra se assim no caminho do pensar certo. O professor vai adquirindo e requerendo elementos próprios da pesquisa, pois deve estar em constante busca por respostas e novas perguntas surgidas a partir do seu contato real com seu fazer.
“Conforme Freire (1996, p.32)” não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Estes que fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino continuo buscando, procurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar constatando, intervenho intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade. Assim percebe se que “ensinar inexiste sem aprender e vice-versa e foi aprendendo socialmente que, historicamente, mulheres e homens descobriram que era possível ensinar” (FREIRE, 1996, p.12).
O autor chama todos os professores ao movimento epistemológico de busca, de pesquisada própria prática que partindo da curiosidade ingênua, investe na aproximação da curiosidade epistemológica (FREIRE, 1996, p. 16).
Neste sentido a ação docente não é reduzida à aplicação de técnicas e procedimentos burocráticas e evita-se negligenciar os imperativos da docência em relação ao envolvimento do professor na construção do