Formação organizacional
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REVISTA EUROPEIA
Alda Cristina
Bernardes
Mestre em Ciências do
Trabalho pelo Instituto
Superior de Ciências do
Trabalho e da Empresa -
Gestora e Técnica de
Formação no El Corte Inglés em Lisboa
Albino Pedro Lopes
Prof. Associado no ISCTE, na secção de Gestão de Recursos
Humanos do Departamento de
Gestão
Este estudo visa a definição de uma metodologia capaz de conceber a formação em articulação com o trabalho, a partir de uma reflexão sobre o quotidiano e as práticas de trabalho e uma colaboração entre todos os intervenientes.
Do diagnóstico à avaliação, nenhuma acção é concebida ou levada a efeito que não seja com base nos pareceres, opiniões e interesses das partes envolvidas no processo.
A metodologia utilizada baseia- se na Investigação-Acção
(I-A) e no processo cíclico que a caracteriza: planear - actuar
- observar - reflectir. O técnico de formação assume aqui um novo papel: de facilitador e de impulsionador das práticas de formação.
Conclui-se que há motivos para considerar abordagens mais dinâmicas na concepção e organização da formação, baseadas em processos de investigação e de reflexão, através da participação de todos os implicados no processo.
Introdução
Este artigo baseia-se numa dissertação intitulada
“Formação e Organização do Trabalho
- ensaio de Investigação-Acção numa empresa do sector do Comércio e Distribuição” concluída no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) em
2003, no âmbito do curso de mestrado em
Ciências do Trabalho.
O conceito de formação tem, neste projecto, uma conotação que vai muito para além quer dos tradicionais modelos assentes num modo de formação inspirado no ensino tradicional, quer das acções ou dos cursos de formação formal. Vai muito para além, também, da perspectiva da formação por catálogo em que perante uma oferta de cursos definidos e estruturados à partida, há um conjunto de pessoas que se inscrevem ou que acorrem