formação histórica da UNA

FORMAÇÃO HISTÓRICA DA UNIÃO DOS NEGROS DO AMAPÁ - UNA

O Amapá possui uma estreita relação com a história do Movimento Negro, o qual começa a ganhar corpo a partir do governo do Prefeito Azevedo Costa, onde vários cargos de confiança foram concedidos a pessoas negras.
Em viagem realizada pelo senhor Paulo José da Silva Ramos, subcoordenador da Câmara de Vereadores na época, ao participar de um encontro em Florianópolis, refletiu sobre a necessidade de se pensar em propostas que valorizassem os negros no Estado do Amapá. Dessa forma, procurou parceiros que o ajudassem na causa, convidou suas amigas Maria Luiza Almeida do Rosário, Maria dos anjos Tavares da Silva e Maria Araújo de Souza, mulheres negras de prestígio dentro da sociedade amapaense.
A partir desse momento começa a se idealizar o Movimento Negro no Amapá, que possuía como meta arquitetar uma estrutura em que garantisse uma identidade negra para a população amapaense, a partir daí o Movimento começou a crescer e a ganhar novos adeptos. Os primeiros anos foram de muita luta pela valorização do negro no Estado. Sabemos que a identidade está estritamente relacionada às questões simbólicas pelas quais o grupo vai se afirmar a partir de suas representações. A identidade tanto simbólica quanto social é necessária para a construção e a manutenção das características inerentes, visto que a simbologia é a forma pela qual dá sentido às práticas e às relações sociais, foi assim que o movimento negro buscou a sua consolidação.
Dessa forma, esse grupo se organizou e em 25 de novembro de 1986, por meio de Estatuto fundou a União dos Negros do Amapá – UNA. Com a estruturação da UNA, outra questão entrou em pauta, a luta por um espaço próprio. Então, em 1998, sob a presidência de Raimunda Ramos, foi construído o Centro de Cultura Negra, localizado no Bairro do Laguinho, que passou a ser a sede da União dos Negros do Amapá.
Assim, a UNA consegue um espaço próprio para as suas atividades, o Centro de Cultura Negra