percepção de alguns conceitos sociológicos no filme sociedade dos poetas mortos
HANNE SILVA OLIVEIRA
SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS
ARACAJU – JULHO 2013
Tradição, honra, disciplina, excelência, são os quatro pilares da melhor escola secundária dos Estados Unidos, Academia Welton, internato para onde os pais mandam seus filhos a fim de que se preparem para ingressar nas melhores faculdades. Igualando os jovens e controlando suas vidas, seus horários, o que farão, como farão, como se portarão, tanto o local quanto os pais agem dessa maneira. Não há permissão para que o jovem faça suas escolhas.
O filme mostra o cotidiano de Todd, Neil, Meeks, Charlie, Knox, Cameron e Pitts, que tiveram a oportunidade de estudar literatura com John Keating; seu método de ensino fugia da ortodoxia da Academia, logo causou estranheza e chamou atenção. Esse professor objetivava ensinar aos meninos a serem pensadores livres e a aproveitarem a vida (carpe diem). Em seus discursos é visível o conceito de cultura subjetiva de Simmel (desenvolvimento da individualidade, do gosto pessoal): “nas minhas aulas, voltarão a aprender a pensar por vocês próprios”; “acreditem que as convicções de vocês são únicas”.
Quanto ao conceito de Simmel sobre Tempos Nervosos, o verso do poema de Charlie “há que se fazer mais, que ser mais” o resume bem. Os garotos andam sempre com pilhas de livros, possuem muitas atividades extracurriculares, há muita cobrança, aulas e trabalhos exigentes com prazos curtos. Tempos Nervosos é também provado com o caso de Neil que durante as férias continuou estudando para se adiantar e que foi proibido de atuar e escrever por seu pai considerar uma perda de tempo, já que o foco era ser médico. Tais exemplos podem ainda ser aplicados ao conceito de racionalidade de Weber, uso da razão para ter atitudes que sejam mais capazes de conduzir ao sucesso, ou seja, calcular as ações e fazer as melhores escolhas, acrescentando como exemplo