Formação estrelar
Estrelas se formam dentro de concentrações relativamente densas de gás e poeira interestelar conhecidas como nuvens moleculares. São regiões extremamente frias (temperatura da ordem de 10 a 20K, próximas portanto do zero absoluto). A essas temperaturas, gases se tornam moleculares, ou seja, os átomos se agrupam para formar moléculas. CO e H2 são as moléculas mais comuns nas nuvens de gás interestelar. A baixa temperatura também favorece a aglomeração do gás a densidades mais altas. Quando a densidade atinge um um valor limite, estrelas se formam.
A alta densidade das regiões onde se formam as estrelas impede a passagem de luz visível. Essas regiões, opacas à luz visível, são chamada de nebulosas escuras. Como não vemos a luz visível dessas regiões, temos que usar o infra-vermelho ou o domínio de rádio para estudá-las.
A formação estelar inicia-se quando as regiões mais densas das nuvens moleculares colapsam sob a ação de sua própria gravidade. Tais regiões têm tipicamente uma massa de 104 massas solares na forma de gás e poeira. Essas regiões, geralmente no centro da nuvem molecular, são mais densas do que as partes mais externas, o que faz com que colapsem primeiro. À medida em que colapsam, as regiões centrais se fragmentam em pedaços, cada com algo em torno de 0.1 parsec de extensão e contendo de 10 a 50 massas solares. Esses fragmentos então formam as protoestrelas.
A escala de tempo envolvida em todo este processo de colapso das regiões centrais das nuvens moleculares e de formação de estrelas é da ordem de milhões de anos.
Como sabemos que tal processo realmente ocorre se ele dura tanto tempo e se dá no interior de nuvens escuras? A maioria das regiões onde se formam as estrelas são fontes de infra-vermelho, o que indica a presença de gás em contração e aquecimento, pela conversão de energia potencial gravitacional em energia interna. Além disso, onde encontramos estrelas jovens , também vemos nuvens de gás ao seu redor, o resíduo