Formação do Estado Brasileiro e Saúde Coletiva
No Brasil colônia até a instalação do império, não existia nenhum tipo de modelo de saúde pública, a pesar das muitas doenças que acometiam a população, doenças tropicais e desconhecidas dos médicos europeus, como a febre amarela e a malária e as trazidas por imigrantes como a peste bubônica, a cólera e a varíola. O conhecimento acerca da forma de transmissão, controle ou tratamento dessas doenças ainda era frágil, possibilitando diferentes intervenções ou visões sobre as moléstias.
A atenção à saúde limitava-se aos curandeiros e aos boticários. Os curandeiros tinham conhecimentos sobre os recursos da terra, e aos boticários cabia a manipulação das fórmulas passadas pelos médicos e muitas vezes eles mesmos tomavam a iniciativa de indicá-los.
Entretanto, com a chegada da Família Real Portuguesa em 1808, houve uma necessidade de organização minima da Estrutura Sanitária, para dar suporte ao poder instalado no Rio de Janeiro. Foi inaugurada a primeira faculdade de medicina, a Escola médico-cirúrgica, localizada em Salvador de Bahia, com vistas a institucionalizão, e de programas de ensino e da normalização e da prática médica em conformidade aos moldes europeus.
A regulamentação do ensino e da prática médica resultou em um maior controle das práticas populares e na substituição gradativa dos religiosos das direções dos hospitais gerais, especialmente a partir da República. Outro resultado da polÌtica de normalização médica foi a constituição de hospitais públicos para atender algumas doenças consideradas nocivas a população e de necessário controle pelo Estado, como as doenças mentais, a tuberculose e a hanseníase. Assim, em 1852 é inaugurado o primeiro hospital psiquiátrico brasileiro no Rio de Janeiro o Hospital D.Pedro II o com o objetivo de tratar medicamente os denominados doentes mentaisí (Costa, 1989).
Assim, as primeiras ações de saúde pública (políticas de saúde) que surgiram no