Formação continuada trabalho de propriedade ufpr
A necessidade de transformar o ensino nas escolas brasileiras ficou evidente e urgente a partir de 2006 com a divulgação pela mídia dos resultados obtidos pelos alunos das 4ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e 3ª séries do ensino médio, nos testes aplicados pelo Ministério da Educação (MEC)/INEP – o Prova Brasil – em 2005. Embora a educação brasileira já viesse convivendo com avaliações periódicas bienais desde 1990, e apresentando seguidamente baixos resultados de desempenho dos alunos, só agora é que esses resultados atingiram tal clamor na imprensa. O que pode ter corroborado com essa divulgação foram os resultados dos testes internacionais, o PISA – da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico da Comunidade Européia – (OCDE), aplicados em jovens de 15 anos, cujos resultados revelaram igualmente o fraco desempenho dos alunos brasileiros em questões de Língua Nacional, Matemática e Ciências. Principalmente porque entre os 42 países participantes havia dez países em desenvolvimento, e o Brasil posicionou-se no 38º. lugar em Língua Portuguesa. O vexame internacional expôs o país, despertou uma cobrança pública pela melhoria da qualidade do ensino brasileiro e levou a uma tomada de decisão, por parte do MEC e da Presidência da República, de lançar um programa nacional de melhoria da educação básica. Tal programa tem como objetivo levar os alunos das escolas públicas a atingirem, nos próximos quinze anos, a média de desempenho dos alunos dos países desenvolvidos, situada em torno de 6.0. Como a média nacional obtida em 2005 pelos alunos das quartas séries do Ensino Fundamental na prova de Língua Portuguesa – leitura e interpretação – foi 3,8, desempenho considerado muito baixo, o MEC criou um índice de desenvolvimento da educação básica, o IDEB, que