FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
ISSN: 1982-8004 www.marilia.unesp.br/aurora
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO:
APONTAMENTOS PARA UMA
“ANTI-SOCIOLOGIA DO TRABALHO”
ERIKA BATISTA*
Resumo: A globalização, ou mundialização, compreende o avanço da forma de sociabilidade capitalista pelo globo a partir de uma lógica produtiva universal, que combinada às particularidades regionais, compreende a transformação das relações sociais. Os variados métodos de gestão organizacional atuam como disciplinadores do trabalho e extrapolam a dinâmica do processo produtivo, assumindo caráter social. Fordismo, taylorismo e toyotismo são expressões particulares de um mesmo fenômeno: o controle do processo de trabalho pela dinâmica da acumulação. Nesta perspectiva, analisar tais fenômenos sob a ótica etapista ou sem observar as conexões entre processos de ruptura com continuidade, conduz à interpretações limitadas ou equivocadas que não consideram a essência social dos fenômenos, restringindo-os ao espaço produtivo. Daí a importância de um enfoque que considere a mundialização capitalista em consonância com as transformações das relações sociais de trabalho, entendidas como expressões históricas que se articulam dialeticamente.
Palavras-chave: mundialização; organização do trabalho; fordismo; taylorismo; toyotismo.
INTRODUÇÃO
apontar as limitações ou incongruências dos estudos que trabalham sob uma perspectiva etapista, e sim, construir uma argumentação que priorize uma análise genuinamente dialética, que aponte as rupturas e continuidades entre as formas de organização do trabalho fordista, taylorista e toyotista, ressaltando seu caráter social. Considerando algumas interpretações
“clássicas” no interior das ciências sociais, o objetivo específico é fornecer breves apontamentos para se pensar uma “anti-sociologia do trabalho”, no sentido de contrariar tais perspectivas que analisam o tema, especificamente quando tratam da tríade