FORMAS DE GOVERNO
GOVERNO FHC
O controle da alta inflação colocou em pauta a discussão a divida publica e a perspectiva teórica do plano real e a visão sobre o papel do estado na estratégia de desenvolvimento. Por outro lado, o projeto teórico voltou ao diagnostico ortodoxo e apontou o déficit publico como fator determinante da inflação. A chave do sucesso seria a construção de um novo regime fiscal capaz de garantir o ajuste fiscal permanente, sendo o novo aparato institucional asseguraria o controle intertemporal das contas publicas e afastaria o risco de dominância fiscal e de default da divida, com a política fiscal cumprindo a tarefa de dar credibilidade a política macroeconômica e de servir de fiadora do espaço de valorização do capital. Uma vez acordada a renegociação da divida externa dos termos do plano Brady, onde permitiu o pagamento de juros externos o Plano Real soube tirar proveito do quadro internacional e avançou na construção do novo regime fiscal, beneficiado pelo desgastes provocado por anos de crise no setor publico. A expansão do valor do déficit não financeiro e o quadro explosivo da expansão da divida pública, aceleraram a deterioração patrimonial dos tesouros, o descontrole das finanças dos governos subnacionais reforçou o risco de ingovernabilidade e de ajuste fiscal e reduziu a presença do estado. A posição teórica do Plano Real visto a construção de um novo regime fiscal exprimiu a inflexão do modo de pensar a política fiscal brasileira. Sargent inspirou uma nova postura e ecoou e adotou o controle fiscal como pilar central da estabilização por meio de alterações do regime de política fiscal, caracterizando a mudança revolucionaria do regime fiscal brasileiro de modo de acabar de vez com o déficit publico.