Formar psicologos, para que e para quem
Faculdade de Ciências Agrárias e da Saúde
Curso: Psicologia
DISCIPLINA: Ética e Profissão
Data: 14/04/2012
AVALIAÇÃO OFICIAL – 1º Bimestre
Formar psicólogos para que e para quem
Durante o decorrer deste ensaio, será feita uma reflexão sobre o “para que” e “para quem” formar psicólogos, na tentativa de buscar entender e repensar sobre essas questões: a que demandas atendem? Para quem produzem? Para responder essas e outras questões que surgirão, deve-se trazer um pouco da formação do profissional da psicologia, sem que haja um aprofundamento em suas raízes e suas várias vertentes do conhecimento. Neste trabalho busca-se apontar a relevância desta temática não apenas para a área da Psicologia, apesar desta ser o foco principal, mas para todos aqueles que vivem em relação e, portanto, construtores da mesma.
Para começar esta reflexão a cerca do tema proposto, é necessário, em primeiro lugar, procurar se situar sobre o cenário em que esses profissionais irão atuar. Para Buarque (1991, p.17),
O Brasil mostra uma qualidade de vida pior à dos mais pobres países do mundo: violências sob todas as formas, mortalidade infantil, desnutrição, baixo nível de escolaridade, péssimas condições habitacionais, elevado grau de endividamento, aviltamento monetário, desarticulação social, corrupção, amplo processo de prostituição de todos os tipos, inclusive infantil, falta de solidariedade nacional, vandalismo, falta de confiança no futuro (...). A quase totalidade da população na miséria e uma minoria rica assustada. Uma sociedade violenta e instável em todos os aspectos. A pobreza não é um fenômeno novo. Mas agora ela é fabricada, como consequência das decisões de modernização. A crise urbana foi induzida pela ênfase na industrialização; a modernização agrícola agravou a fome; a desigualdade social deriva das decisões econômicas para viabilizar a modernização.
De um lado do cenário brasileiro, tem-se as classes altas,