Fordismo
Inicialmente, para perceber como Ford foi um homem realmente inovador para sua época, deve-se citar que ele adotou três princípios básicos, a saber
(Chiavenato, 1993, p. 80):
- Princípio de intensificação: consiste em diminuir o tempo de duração com o emprego imediato dos equipamentos e da matéria-prima e a rápida colocação do produto no mercado.
- Princípio da economicidade: consiste em reduzir ao mínimo o volume do estoque da matériaprima em transformação. Por meio desse princípio, conseguiu fazer com que o trator ou o automóvel fossem pagos à sua empresa antes de vencido o prazo de pagamento da matéria-prima adquirida, bem como do pagamento de salários. A velocidade de produção deve ser rápida. “O minério sai da mina no Sábado e é entregue sob a forma de um carro, ao consumidor, na
Terça-feira, à tarde” (Ford, 1922, p. 77).
- Princípio de produtividade: consiste em aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo período (produtividade) por meio da especializa- ção e da linha de montagem. Assim, o operário pode ganhar mais, um mesmo período de tempo, e o empresário ter maior produção.
Vê-se, portanto, que Ford foi inovador em diversos planos. Foi ele o introdutor da produção em série, em massa, por meio da padronização do maquinário e equipamento, da mão-de-obra e das matériasprimas e, conseqüentemente, dos produtos. Foi também um dos primeiros homens de empresa a utilizar incentivos não salariais para seus empregados. Na área mercadológica implantou a assistência técnica, o sistema de concessionários e uma inteligente política de preços. Como bem disse Caproni (2002, p. 17) “não foi Henry Ford que inventou o carro. Mas foi ele quem inventou a forma de produzir carros em massa, tornando-o um bem acessível à maioria das pessoas no início do século XX”. E não é só isso. Henry Ford inovou e isso transformou o pensamento industrial, o qual vem evoluindo até hoje.
A organização do serviço de montagem, naquela