Fordismo
Depois de verificar a natureza das atividades de trabalho, é difícil não caracterizar como exagerada a importância fornecida à unificação, no mesmo trabalhador, das funções de operação e de controle de qualidade. Trata-se de inovação intensiva em motivação, mas não intensiva em qualificação. O que é específico do lastreamento ohnoísta no trabalho vivo, relativamente ao lastreamento fordista, é suaelevada dependência frente ao envolvimento dos trabalhadores,.
A conquista da motivação operária passa a ser então um determinante crucial para a eficiência produtiva. Considerando-se que esta foi sabidamente alcançada no caso do Japão, lembremos a situação do envolvimento dos trabalhadores com a produção fordista nos Estados Unidos no final dos anos 60 e começo dos anos 70, e teremos a clara noção do distanciamento entre os dois casos no mesmo momento histórico: um abaixo do exíguo nível exigido; o outro alcançando o elevado nível exigido.
Considerações Finais
Podemos caracterizar o fordismo como produção em massa rígida alicerçada no trabalho vivo, e o ohnoísmo como produção em massa flexível igualmente alicerçada no trabalho vivo. Este fato crucial fornece ao fordismo/ohnoísmo sua diferença específica relativamente à produção em massa lastreada na maquinaria, caso típico das indústrias têxtil e de processo contínuo. Ora, a automação de base microeletrônica terá como conseqüência permitir às indústrias de cunho fordista ou ohnoísta passar a alicerçar a produção em massa (necessariamente flexível) na maquinaria, e não mais no trabalho vivo. Isto significará, simplesmente, o fim histórico do fordismo, e de sua “reinvenção”, o ohnoísmo, e a emergência de um conceito unificado de produção industrial, que se constituirá, em todos os seus segmentos, numa “aplicação tecnológica da ciência”.
Características Gerais do Fordismo Ford conseguiu reduzir drasticamente os custos e melhorar radicalmente a qualidade, numa época em que o volume