Fordismo, toyotismo e volvismo
FORDISMO, TOYOTISMO E VOLVISMO: OS CAMINHOS DA INDÚSTRIA EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO
Texto adquirido através da disciplina de PCP ministrada pelo Prof. Sérgio Baltar da Universidade Veiga de Almeida
Thomaz Wood
Este trabalho abordará este tema à partir de três metáforas desenvolvidas por Garet Morgan no livro Images of Organization. Para criar um campo analítico, estas metáforas serão contrapostas a três diferentes sistemas gerenciais. Assim, na primeira parte, será descrita a imagem da organização como máquina e, em seguida abordado o tema da produção em massa a partir do caso da Ford. Na segunda parte a empresa analisada será a Toyota e a imagem escolhida, a da organização como organismo. Na terceira parte, finalmente, será tomada a metáfora do cérebro e abordado o caso da Volvo.
Organizações como máquinas: Ford e a produção em massa
Com a revolução industrial, a vida humana sofreu profunda transformação. A produção manual deu lugar à produção em massa; a sociedade rural deu lugar à urbana e o humanismo cedeu ao racionalismo. Todo o sistema de valores e crenças foi afetado. A partir de um certo estágio do processo de industrialização, as máquinas passaram a ser usadas como metáforas e a moldar o mundo de acordo com princípios mecânicos. O trabalho nas fábricas passou a exigir horários rígidos, rotinas pré-definidas, tarefas repetitivas e estreito controle.
Weber observou o paralelo entre a mecanização da indústria e a proliferação das formas burocráticas de organização. Segundo ele, a burocracia rotiniza a administração como as máquinas rotinizam a produção. Ele definiu a organização burocrática pela ênfase na precisão, velocidade, clareza, regularidade, confiabilidade e eficiência atingidas através da criação de uma divisão rígida de tarefas, supervisão hierárquica, regras e regulamentos detalhados.
A origem da teoria clássica da Administração está ligada à combinação de princípios militares e de engenharia. O