For a Velocidade Flexibilidade
1. A força como capacidade condicional
1.1. Conceito de força Segundo o ponto de vista da Física, força é a capacidade de um corpo alterar o seu estado de movimento ou de repouso, criando uma aceleração ou deformação do mesmo. No âmbito desportivo a força traduz a capacidade da musculatura produzir tensão, ou seja, aquilo a que vulgarmente denominamos por contracção muscular (Hertohg, et al., 1994). Segundo Vermeil e Helland (1997, pp. 49) a força "é a habilidade no combate ao adversário, na desaceleração e no alterar rapidamente de direcção, como um bloco entre o adversário e o contraste". Do ponto de vista fisiológico, a maior ou menor capacidade de produção de força estabelece uma relação directa com o número de pontes cruzadas de miosina que interaccionam com os filamentos de actina, com o número de sarcómeros, com o comprimento e o tipo de fibras musculares e com os factores inibidores ou facilitadores da actividade muscular.
1.2. A importância da força O trabalho da força é essencial para se atingirem elevadas performances durante a competição (Tenhonen, 1994). Assim, para Matvéiev (1991), os objectivos principais do treino de força são: aumentar a capacidade de força e/ou assegurar a sua conservação em relação às particularidades das fases do treino; educar as aptidões de força que correspondam às exigências de uma determinada modalidade. A primeira destas tarefas diz respeito à preparação da força geral, enquanto que a segunda refere-se à preparação da força especial. Assim, o trabalho da força serve para: atingir um desenvolvimento global de todos os grupos musculares, considerado-os como um todo; direccionar o trabalho da força para que este se coadune com as aptidões de força na modalidade de especialização. Por último é importante referir que o treino da força para algumas modalidades serve para evitar desequilíbrios na musculatura (Chandler et al., 1998). A este respeito, os autores citam o exemplo do ténis, onde