Fontes orais - origem e práticas
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Relatório Fontes Orais Surge em meados do século XX com a invenção do gravador a fita (1948). Consiste na gravação dos relatos de indivíduos que participaram ou testemunharam eventos do passado e do presente. Tais entrevistas são feitas com técnicas específicas dependendo do projeto de pesquisa. Inicialmente apenas a transcrição era considerada documento histórico. Foi utilizada na década de 1960 para dar "voz as minorias", mas durante a década de 1970 ocorreu uma sistematização transformando lentamente de "militante" para "acadêmica". Hoje é um caminho interessante para registrar a história contemporânea e também o passado, integrando a experiência pessoal de pessoas e grupos e tornando assim possível o questionamento de generalizações. É preciso ter claro que a entrevista não é um "retrato" do passado como qualquer fonte existente e precisa ser estudada. Tem como um dos principais alicerces a narrativa, resultando em uma interação entre entrevistado e entrevistador. O trabalho de produção pode ser dividido em três: preparação das entrevistas, sua realização e seu tratamento. O preparação inclui o projeto de pesquisa e roteiro das entrevistas, devendo definir a quantidade de pessoas a serem entrevistadas e o tipo de entrevista a ser realizado. Convém ter entrevistados de diferentes origens e que desempenhem papéis diferentes no universo estudado. De acordo com o propósito da pesquisa é possível escolher entre entrevistas temáticas (versam principalmente sobre a participação do entrevistado no tema escolhido) ou história de vida. O tema da pesquisa deve estar bem explicito assim com a questão que está sendo perseguida. O entrevistador deve estudar sobre o assunto e elaborar um roteiro geral das entrevistas. Após contatar o entrevistado é necessário elaborar um roteiro individual combinando o roteiro geral com assuntos específicos. É aconselhável reservar um tempo longo para a realização da entrevista, visto que o entrevistado e o entrevistador possivelmente não