Fichamento - Fontes e técnicas específicas da história da África, T. Obenga

Na página 91, o autor faz uma breve introdução sobre a crença da inexistência de uma história na África, pois praticamente não existem documentos, que são as fontes utilizadas pela maioria dos historiadores.
- “O esquecimento desse postulado manteve durante muito tempo os povos africanos fora do campo dos historiadores ocidentais, para quem a Europa era, em si mesma, toda a história.” (p. 91) Com o advento da era pós-colonial os pesquisadores fundaram definitivamente a história africana, mas a construção da metodologia continua até os dias atuais. Hoje, admite-se a existência de fontes particulares para a história africana (geologia, paleontologia, pré-história, arqueologia, paleobotânica, palinologia, medidas de radiatividade de isótopos, geografia física, observação e análise etno-sociológicas, tradição oral, lingüística histórica ou comparada...).
- “A utilização cruzada de fontes aparece como uma inovação qualitativa.” (p. 91)
- “Seu trabalho não se limita a estabelecer fontes. Trata-se de se apropriar, através de uma sólida cultura pluridimensional do passado humano.” (p. 92) A intervenção das ciências físicas modernas é o fato metodológico decisivo desses últimos anos:
- “Atualmente, esses métodos de datação absoluta abreviam de modo considerável as discussões no campo da paleontologia humana e da pré-história. (...) Em conseqüência, os restos fósseis africanos conhecidos atualmente fornecem elementos decisivos para responder a esta questão primordial das origens humanas (...).” (p. 92) Todos os fatos, postos em evidência através das várias fontes e métodos, mostram a importância da história africana, que se confunde com a história da própria origem da humanidade. As ciências da Terra também iluminam a história da África. O autor cita o exemplo da Bacia do Chade, onde o aspecto humano se reflete na geografia física e geomorfologia, que são fatores que condicionam o desenvolvimento humano.
- “(...) o historiador