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“Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro, nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo. Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas; eu não tinha este coração que nem se mostra. Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil: Em que espelho ficou perdida a minha face?”.
No poema Retrato, Cecília Meireles faz um retrato da velhice,constatando as mudanças, as transformações psicológicas e físicas pelas quais o homem passa ao longo da vida. Essas mudanças naturais refletem a fragilidade do homem em relação ao tempo e por mais que ele tente retardar o envelhecimento, esse é um processo que vai acontecer mais dia, menos dia.
No Brasil, segundo relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2008, a população brasileira envelhece em ritmo acelerado. Segundo o documento, a taxa de crescimento populacional vem caindo desde os anos 1960, junto com a redução da fecundidade. Entre 1950-1960, houve um recuo de 3,04% ao ano para 1,05% em 2008. A tendência é que em 2050, a taxa de crescimento caia para –0,291%, que representa uma população de 215,3 milhões de habitantes. A projeção é que o potencial de crescimento populacional ocorra até 2039, a partir daí serão registradas taxas negativas, com queda no número de habitantes.
Caso o Brasil continuasse com o mesmo nível de crescimento populacional de 1950 – cerca de 3% ao ano – a população brasileira em 2008 seria de 295 milhões de pessoas e não nos 189,6 milhões divulgados pelo IBGE.
Essas informações foram apuradas a partir do estudo feito pelo IBGE, denominado “Uma abordagem demográfica para estimar o padrão histórico e os níveis de subenumeração de pessoas nos censos demográficos e contagens da população”.
Com base nessas e outras informações, pretende-se elaborar um Diagnóstico Social que aborde a