GESTA O DE ALTO RISCO
(DIABETES MELLITUS E HIPERTENSÃO ARTERIAL)
1. INTRODUÇÃO
É compromisso do Ministério da Saúde e de todos os profissionais da área promover a maternidade segura a todas as gestantes. Sabe-se que a maioria das mortes e complicações que surgem na gravidez, no parto e no puerpério são preveníveis, mas para que isso possa funcionar é necessária a participação ativa do sistema de saúde. A morbimortalidade materna e perinatal ainda prevalecem muito elevadas no Brasil, contradizendo o atual nível de desenvolvimento econômico e social do País. A gestação é um acontecimento fisiológico que, em grande maioria, sua evolução ocorre sem nenhuma intercorrência. Mas, apesar disso, existe um pequeno número de gestantes que, por serem portadora de alguma doença, sofrerem algum agravamento ou desenvolverem algum problema, apresentam grandes chances de uma evolução desfavorável, tanto para a mãe quanto para o feto. Essas mães pertencem a um grupo denominado “gestantes de alto risco”. Risco é uma palavra que sugere uma provável lesão, dano ou perda; e risco gravídico é determinado como possíveis agravos físicos, psíquicos e sociais a que estão expostos o feto e a gestante. Segundo o Manual Técnico do Ministério da Saúde, gestação de Alto Risco é “aquela na qual a vida ou a saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-nascido têm maiores chances de serem atingidas que as da média da população considerada.” (CALDEYRO-BARCIA, 1973). De acordo com o Comitê de Assistência Materno-Infantil da Associação Médica Americana a gestação de alto risco se define como:
Aquela que tem uma alta probabilidade de apresentar uma criança com impedimento físico, intelectual, social ou de personalidade, que possa dificultar o crescimento e o desenvolvimento normais e a capacidade para aprender. Este impedimento pode ser originado no período pré-natal, perinatal ou pós-natal e pode resultar de influências hereditárias ou ambientais desfavoráveis,