Fisioterapia na ginecologia e obstetricia
Ao longo da história os benefícios de um estilo de vida mais ativo durante o período gestacional foram sendo reconhecidos, despertando o interesse de muitos profissionais da área de saúde. Atualmente, a prática de atividade física durante o ciclo gravídico-puerperal vem recebendo a merecida atenção de pesquisadores e profissionais que compõem a equipe obstétrica, no que diz respeito ao estudo das vantagens e dos riscos reais dos exercícios, quando comparado ao sedentarismo..
No campo da Obstetrícia o fisioterapeuta tem ocupado uma posição importante na equipe que assiste a gestante, pelo menos desde 1912, quando a fisioterapeuta Dra. Minnie Randell juntamente com o obstetra Dr. J. S. Fairbain desenvolveram o conceito de “Obstetrícia Preventiva”, no St. Thomas Hospital, em Londres. Nessa época as mulheres permaneciam cerca de 3 semanas no leito em repouso absoluto e contínuo após o parto; Randell e Fairbain, então, criaram um programa de exercícios no leito, auxiliando a recuperação física no pós-parto e ensinando o repouso através do relaxamento, evitando assim a imobilização constante na cama. Apenas na década de 20, as atenções se voltaram para o período gestaciona.l
O conceito de fisioterapia pré-natal surgiu sob a influência do trabalho da médica Kathleen Vaughan, que percebeu que as gestantes sedentárias tinham partos mais difíceis do que as barqueiras e as camponesas, as quais mantinham uma vida mais ativa durante a gravidez.
O programa de exercícios, especializado e exclusivo, idealizado por Randell e Fairbain, foi sendo, então, aperfeiçoado por outros estudiosos. O Dr. Grantly Dick-Read, entre 1933 e 1947, na Inglaterra, foi um deles. Segundo a literatura, Dick-Read sugeriu que a ligação do parto ao sofrimento gerava medo entre as gestantes, principalmente nas primíparas, aumentando a tensão muscular e emocional, resultando na dor durante o parto. Sugeriu ainda que a dor no parto era o resultado do estado emocional da gestante,