Fingimento Poético
2-Fernando Pessoa (catarina)
Fernando António Nogueira Pessoa
Nasceu em Lisboa a 13 de Junho de 1888
Morreu em Lisboa a 30 de Novembro de 1935 (47 anos)
Foi um poeta, filósofo e escritor português. Na sua poesia destaca-se a complexidade intelectual, o jogo entre a inteligência e emoção, poesia intimista, ordem e disciplina, simplicidade.
3 e 4-Teoria do Fingimento Poético (Catarina)
Para Fernando Pessoa a arte poética resulta da intelectualização das sensações, um poema é um produto intelectual e, por isso, não acontece no momento da emoção mas no momento da sua recordação.
Assim, ao não ser um resultado direto da emoção mas uma construção mental da mesma, a elaboração de um poema define-se como um “fingimento “. O poeta é um fingidor, tal como diz nesta estrofe, que escreve uma emoção fingida, pensada, fruto da razão e da imaginação.
5-Dor de Pensar (Nuno)
Fernando Pessoa vive em constante conflito interior.
Tendo consciência de que é um homem racional de mais, ele deseja arduamente pensar menos, ser mais inconsciente, aproveitar a vida sem questionar.
Mas como na realidade tem uma necessidade de se questionar, de pensar, de intelectualizar toda e qualquer situação ele sente-se frustrado. Ele sente-se condenado a ser lucido, a ter de pensar. Sente-se como enclausurado numa cela pois sabe que não consegue deixar de raciocinar. Sente-se mal porque, assim que sente, automaticamente intelectualiza essa emoção.
Para ele muitas vezes a felicidade parece existir na ordem inversa do pensamento e da consciência e por isso ele inveja seres comuns como o gato. Como podemos ver no poema ele inveja-o por três razões:
1.ª) Tem “instintos gerais” e sente só o que sente, ou seja, não pensa sobre o que está a sentir, limita-se a sentir;
2.ª) É “um bom servo das leis fatais”, isto é, não tenta contrariar as etapas inevitáveis da existência: nascimento, crescimento e morte;
3.ª) “Todo o nada que és é