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O Fingimento poético é próprio de toda a composição poética do Ortónimo e surge como uma nova concepção da arte, este conclui que o poeta é um fingidor:
“Finge tão completamente
Que chega a pensar se é dor
A dor que deveres sente”
(“Autopsicografia”)
O fingimento poético
A expressão dos sentimentos e sensações intelectualizadas são fruto de uma construção mental, a imaginação impera nesta fase do fingimento poético. A composição poética resulta de um jogo lúdico entre palavras que tentam fugir ao sentimentalismo: “E assim nas calhas da roda
Gira a entreter a razão
Esse comboio de corda
Que é o coração”
(“Autopsicografia”)
O fingimento poético
O poema resulta de algo intelectualizado e pensado.
O fingimento está assim, em toda a arte de Pessoa.
“Dizem que finjo ou minto
Tudo o que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação
Não uso o coração”
(“Isto”)
Nostalgia da infância
A angústia e o desencanto acompanham o sentido da vida e da passagem dos dias, do poeta, este procura emoções e abraça sonhos impossíveis, mas caba só e ansioso.
Procura superar a angustia existencial através da invocação da infância e da saudade desses tempos felizes - nostalgia do bem perdido e do mundo fantástico da infância.
Características temáticas
Identidade perdida;
Tensão sinceridade/fingimento, consciência/inconsciência, sentir/pensar;
Intelectualização dos sentimentos;
Fingimento artístico;
Reflecte a sua dor de pensar;
Características temáticas
Recurso ao símbolo (Gato – “Gato que brincas na rua”);
Nostalgia da infância (“Como a noite é longa!” e
“Quando as crianças brincam”)
Refúgio no sonho
Sentir com o pensamento e não com o coração
Poeta da desilusão tendo uma visão negativa do mundo e da vida e sente-se estranho perto dos outros
(incompreendido);
Temas
Sinceridade/Fingimento
Intelectualização do sentir ;