Financiamento de Campanhas
Desde a consolidação dos sistemas democráticos as sociedades ocidentais procuram uma maneira de executar essa democracia de maneira efetiva. Séculos depois do discurso de Edmund Burke aos eleitores de Bristol a política brasileira ainda está entregue a regionalismos , ao individualismo de classes e a indiferença de certos membros do Parlamento a deliberações que não influenciem em suas classes ou regiões.
Um dos principais obstáculos para o correto funcionamento da democracia e a real representação do povo soberano é a influencia do poder econômico privado sobre a maquina estatal. A forma mais natural e reconhecida do envolvimento do poderio econômico sobre as deliberações executivas e legislativas é o financiamentos de campanhas eleitorais. O objetivo deste artigo é analisar os dois modos possíveis de campanhas: público e privados, sua vantagens e desvantagens à nação.
2. O FINANCIAMENTO PRIVADO
O financiamento de campanhas no Brasil é feita por recursos próprios do candidato , fundos do partidos e doações de pessoas físicas e jurídicas. As doações são a maior parcela do dinheiro utilizado nas campanhas. É justo a pergunta de com qual intuito essas doações são feitas?
Segundo dados do TSE na campanha presidencial de 2002 foram gastos 94 milhões de reais somente na campanha para o principal cargo executivo do país1. Os principais doadores foram os Bancos e Empreiteiras2. Esses bancos são um dos poucos a crescerem na atual recessão que assolou o Brasil ao longo do ano de 2003.
Existe no financiamento privado a profunda desconfiança da sociedade que seus eleitos ficarão comprometidos com o interesses das pessoas que financiaram a sua eleição e deixar em segundo plano o interesse daqueles que representa e da nação em todas as suas deliberações. A maior parte das doações são realizadas por pessoas jurídicas e não possuem poder de voto na eleições, dificilmente podendo considerar essas