Fim da violência contra mulher
Artigo sobre violência contra as mulheres
“Durante uns dois meses, Tereza apanhou. O tempo exato ninguém mediu na folhinha, mas deu para o povo se habituar e dormir no embalo dos gritos. Que berros mais horríveis são esses? - quis saber um viandante curioso. Não é nada senhor, é uma maluca, cria do capitão. Mais ou menos dois meses, Tereza aguentou. Cada novidade custou tempo e violência.”
(Jorge Amado, em Tereza Batista cansada de guerra)
Embora este relato seja ficcional, em toda a história da humanidade, infelizmente, a mulher esteve sujeita a discriminações, agressões e violência, tanto de caráter físico, como patrimonial, psicológico e, principalmente, sexual. Mulheres de todas as idades, etnias e classes sociais sofrem com a violência doméstica, ocasionando graves consequências sociais e emocionais. A violência é uma maneira de expressão de poder exercido pelo violentador para mantê-la acuada e dominada.
Dentro de casa
Geralmente as mulheres vítimas de violência têm afetada sua saúde física e mental, demonstram dificuldades de emprego, na aprendizagem, uso de drogas, reclusão e outros comportamentos de risco. É mais comum do que se possa imaginar o comportamento agressivo ou irônico em relação às mulheres. Qual mulher já não ouviu piadas sobre sua performance ou realização em alguma atividade? Quem não viu expressos em estampas de camisas as desqualificações em relação ao seu caráter ou ao seu físico? Quem em alguma situação não se sentiu desrespeitada ou teve seu direito usurpado exatamente por ser mulher, cultural e historicamente acreditada submissa e inferior?
Crimes hediondos são cometidos contra as mulheres e não são penalizados, apurados e tratados devidamente. Um fato acompanhado pela mídia brasileira foi o crime cometido pelo jovem Lindemberg, no qual a gravidade do crime foi amenizada, diminuída, pois se tratava de uma atitude impulsionada pelo amor, visto como um ato passional cometido por um jovem