Filósofos que definiram o conhecimento
Sócrates e a busca pelo conhecimento
Só sei que nada sei. Essa sentença citada por Platão em “Apologia de Sócrates” é uma das mais famosas da Historia da Filosofia.
Sócrates não deixou nada escrito. Todos os registros que existem sobre Sócrates, vêm de relatos de Platão, Xenofonte e Aristóteles. O pensamento de deste filósofo é essencial na definição do conhecimento, pois, apresenta um importante comportamento em relação às duvidas que existam sobre nós mesmos, sobre o saber dos outros e sobre o nosso saber.
Sócrates perambulou por Atenas, perguntando as pessoas que se achavam sabias, sobre questões morais, tais como: o que é a coragem? O que é a devoção? O que é a justiça? Fez isso devido a Querofontes ter informado que a Pitonisa, oráculo do templo de Apolo em Delphos, havia respondido negativamente a pergunta se havia alguém mais sábio que Sócrates em Atenas.
Para as perguntas de Sócrates, os atenienses apenas conseguiam dar exemplos, como o do corajoso, do devoto e assim por diante. Conseguiam no máximo fazer algumas generalizações.
Sócrates entende que ele era mais sábio que os outros atenienses na medida em que ele sabia aquilo que eles não sabiam. Ele sabia que ele não poderia ser presunçoso quanto os atenienses demonstravam. Para Sócrates a sabedoria é fruto de muita investigação que começa pelo conhecimento de si mesmo.
Á medida que o homem se conhece bem chega à conclusão de que não sabe nada. Para ser sábio, é preciso confessar, com humildade, a própria ignorância. Só sei que nada sei, repetia sempre Sócrates.
O que os estudiosos discutem é que esta conversa de Sócrates foi um recurso didático, para atrair interlocutores, ou uma ironia para com os outros. Se Sócrates utilizou a frase como recurso didático, procurava o diálogo, e desta forma, encontrar o conceito de cada questão. A partir de uma pergunta, “o que é p?” eliminar as definições imperfeitas, refutando e chegar a um conceito mais correto, sobre “o