Filosofia e Sociedade
A Filosofia surge na Grécia Antiga dentro de um contexto bastante específico e se consolida em Atenas, que nesta época havia se tornado um centro cultural e intelectual. Se por um lado os filósofos estavam preocupados em descobrir os mistérios da realidade natural, por outro, é no contexto sócio-político grego que a filosofia irá firmar suas raízes. Segundo o filósofo grego Aristóteles, o homem é um animal político. O homem é um ser que vive e se realiza através da sociedade, sofrendo inúmeras consequências do meio social no qual se encontra inserido.
O problema social – sua organização, seus mecanismos – e, com ele, o problema político, problema relativo à origem e à função do Estado, à sua organização, à sua melhor forma, à sua função e ao seu fim específico, à natureza da ação política e suas relações com a ação moral, tem ocupado os filósofos em todos os tempos.
A história da humanidade – parafraseando o filósofo alemão Karl Marx – é basicamente a história das ideias e da luta pelo poder, das lutas travadas por indivíduos, grupos ou nações para conquistar, manter ou ampliar o poder político. Essas lutas podem ser violentas ou pacíficas. Mas, além de lutar pelo poder e de criar instituições para exercê-lo, o homem também examina sua origem, natureza e significado. Admitiam como única forma de governo a monarquia absoluta e sua concepção de liberdade era diferente da visão grega, que a civilização ocidental incorporou – mesmo quando submetidos ao despotismo de um chefe absoluto, seus povos consideravam-se livres se o soberano fosse de raça e religião. Já no ocidente, as cidades da Grécia não se uniram sob um poder imperial centralizador e conservaram sua autonomia. É na Grécia Antiga que vamos encontrar aqueles que são considerados como os dois primeiros grandes mestres do pensamento político e social: Platão e seu discípulo, Aristóteles. A necessidade da educação política dos cidadãos atenienses tornou-se tema de pensadores políticos