Filosofia e psicologia existencial
1.1 - Um breve Histórico do Existencialismo
O existencialismo é compreendido como doutrina filosófica sobre o homem (quem é o homem?), envolvendo a centralização na pessoa existente e enfatizando o ser humano em constante evolução. É um movimento filosófico que dá supremacia à existência e considera o homem como centro de valores. Vê o homem em contínuo crescimento, em estado constante de superação de si mesmo. Considera que a existência precede a essência e que o fundamento da existência é a liberdade de escolha.
Contrapondo-se a qualquer forma de determinismo, atribui ao homem total responsabilidade por sua existência: O homem é o criador de seu próprio destino.
As origens mais recentes do existencialismo estão identificadas com Soren Kierkegaard (1813-1855), que foi um filósofo dinamarquês que contestava o caráter determinista e intelectual de Hegel, afirmando o interesse pelo simples e pela vontade. Considerado o pai do existencialismo moderno, para ele a existência é o que determina o homem. Diante disto, grande ansiedade é gerada pela luta do ser vivo contra o não ser. Dá-se a crise da vida contra a morte.
Martin Heidegger (1976), filósofo alemão que se preocupou com a problemática existencial do ser humano, dizia que pelo fato de a vida ser limitada ela é continuamente ameaçada. A existência humana está posta diante da morte à todo momento. O ser do homem é um ser para além de si, para fora de si. Assim, o homem tem uma maneira peculiar de existir ele é, não sendo a si mesmo. Não reconhece Deus nem a salvação, sendo o seu fim o NADA.
Outro filósofo existencialista é Jean Paul Sartre, nascido em 1905, que sofreu muita influência de Heidegger. Para Sartre1, citado por STEVENSON (1986), a existência precede a essência do homem. Isto é, a criatura humana está presente ao mundo apenas biologicamente e que só depois, através de sua convivência neste mundo é que adquire uma essência humana