Filosofia Sec XIX

3201 palavras 13 páginas
Consideramos como contemporânea a filosofia que se estende, dentro da imprecisão cronológica própria das produções culturais, ao longo da segunda metade do século XIX e da primeira metade do século XX. A filosofia contemporânea, nas suas linhas mais fundamentais e características, só pode ser adequadamente compreendida em relação com a obra de Hegel. Com efeito, a filosofia contemporânea constitui em grande medida uma reacção contra o sistema hegeliano, ao mesmo tempo que retoma poucas das suas análises e interrogações.A mais notável e radical reacção contra o sistema de Hegel é feita por Marx, pelo marxismo. O marxismo, entroncado originalmente na esquerda hegeliana, distingue e separa o sistema hegeliano (idealista) do método dialéctico. Aceitando e transformando este último, a filosofia marxista “inverte” o sistema de Hegel, propondo uma visão dialéctica-materialista da consciência, da sociedade e da história.Outra reação contra o hegelianismo – reação estreitamente vinculada à situação econômica, social e intelectual resultante da revolução industrial – é representada pelo positivismo, especialmente o de Comte. Neste caso, reage-se contra o “racionalismo” hegeliano naquilo que possa ter de menosprezo da experiência, com a pretensão de instaurar um saber positivo, capaz de fundamentar uma organização político-social nova. Como Marx, Comte conserva, no entanto, embora transformando-o, um momento importante do hegelianismo: a ideia de “espírito objectivo”.

Por que no inicio do século XX desapareceu o otimismo com relação ás ciências e as técnicas? Ao final do século XIX, a filosofia se entusiasma com as ciências e técnicas (Segunda revolução industrial) passando a acreditar totalmente no saber cientifico e na tecnologia para controlar a Natureza, a sociedade e os indivíduos. Com alguns fatos históricos ocorridos no inicio do século XX como, por exemplo: as duas guerras mundiais, o bombardeio de Hiroshima e Nagasaki, os campos de concentração

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