Filosofia Medieval
Importante mencionar também que nesse período a filosofia tornou-se subordinada ao cristianismo, deixando de ocupar uma posição independente e passando a ser estudada, principalmente, pelosteólogos.
Essas características podiam ser melhor observadas no início do período e tornaram-se menos visíveis ao seu término.
Agostinho
Foi um filósofo de influência notada do neoplatonismo, porém suasobras possuíam de caráter religioso. Embora sua mãe fosse cristã, antes de converter-se ao Cristianismo, Agostinho frequentou a seita maniqueísta. A leitura das obras neoplatônicas, juntamente comoutros fatos de sua vida resultaram na sua conversão ao Cristianismo e seu ingresso na Igreja.
Sua filosofia estava fundamentada na crença de que a verdade e a felicidade residem em Deus. Agostinhoconsiderava as ideias inatas ao homem – juízo geral – uma clara indicação da existência Divina. O conhecimento seria, portanto, em maior ou menor grau, produto da iluminação que Deus nos concede.
Outroaspecto relevante da filosofia de Agostinho relacionava-se ao objetivo da humanidade: ser uno com Deus. Alcançando essa meta o homem encontraria a felicidade e a bem-aventurança. Seria também esse afinalidade da filosofia.
Sua filosofia encerra algumas contradições. A primeira reside na contraposição da ideia de que Deus existe na eternidade, com a ideia de tempo – doutrina da criação – trazidapela própria Igreja. A segunda consiste no fato de que Agostinho acreditava serem os homens dotados de livre-arbítrio, não obstante também acreditasse que o mundo houvesse sido criado com “sementes... [continua]