Filosofia medieval
Para discutirmos a filosofia no período medieval é essencial atrelar tal discussão ao contexto histórico dado pela Igreja Católica neste mesmo período.
No plano cultural, a Igreja exerceu ampla influencia, traçando um quadro intelectual em que a fé cristã era o pressuposto da vida espiritual.
Assim, toda investigação filosófica ou cientifica não poderia, de modo algum, contrariar as verdades estabelecidas pela fé católica. Segundo essa orientação, os filósofos não precisavam se dedicar à busca da verdade, pois ela já havia sido revelada por Deus aos homens.
Nesse contexto, a filosofia medieval pode ser dividida em quatro momentos principais:
Padres Apostólicos- do inicio do cristianismo (séc. I e II), entre os quais se incluem os apóstolos, que disseminavam a palavra de Cristo, sobretudo em relação aos temas morais. Entre esses se destaca a figura de São Paulo pelo volume e valor literário de suas epistolas.
Padres apologistas- ( século III) que faziam apologia ao cristianismo contra a filosofia pagã.
Patrística- ( de meados do século IV ao século VIII) no qual se busca uma conciliação entre a razão e a fé e se destacam a figura de Santo Agostinho e a influencia da filosofia platônica.
Escolástica- (do século IX a XVI) no qual buscou uma sistematização da filosofia cristã, sobretudo a partir da interpretação da filosofia de Aristóteles e se destaca a figura de Santo Tomás de Aquino.
Patrística
Com o desenvolvimento do cristianismo, tornou-se necessário explicar seus preceitos às autoridades romanas e ao povo em geral.
Foi assim que os primeiros padres da Igreja se empenharam na elaboração de inúmeros textos sobre a fé e a revelação cristã. O conjunto desses textos ficou conhecido como patrística, por terem sido escritos principalmente por padres.
De um lado se procura interpretar o Cristianismo mediante conceitos tomados da filosofia grega, do outro reporta-se ao significado que esta última dá