filosofia educação
Algumas tendências recentes nos círculos académicos puseram em questão as noções convencionais de verdade e realidade. Estes círculos alegam que todas as afirmações, científicas ou literárias, são apenas narrativas ― histórias e mitos que nada mais fazem que articular os preconceitos culturais do narrador. Segundo esta perspectiva, qualquer narrativa é tão boa como outra, desde que cada uma seja expressa na linguagem da sua cultura particular e contenha assim todas as assunções acerca da verdade e da realidade dessa cultura. Os textos não têm significado intrínseco. Pelo contrário, o seu significado é criado pelo leitor. Chega-se então à conclusão de que nenhuma narrativa tem validade universal e que a ciência "ocidental" não é excepção.
Os estudantes das escolas americanas, e não só, ouvem os seus professores de ciências sociais e de humanidades argumentarem desta forma. Os defensores da "medicina alternativa" usam frequentemente argumentos análogos para rejeitar a ciência como instrumento para determinar a verdade em assuntos de saúde.
A afirmação de que a ciência "ocidental" não é excepcional começa com a noção plausível, embora em última instância enganadora, de que os seres humanos não têm acesso a nenhum mecanismo pelo qual possam saber a verdade sobre uma realidade objectiva que exista independentemente dos processos mentais humanos. É certo que a ciência confia nos processos intelectuais e nem sempre segue uma via clara e lógica para chegar às suas conclusões acerca da realidade. É igualmente verdade que nunca prova que estas conclusões são correctas. A ciência nada conhece com certeza acerca do mundo e apresenta sempre os seus resultados em termos de probabilidades ou verosimilhanças. Frequentemente, a escolha entre teorias científicas em competição baseia-se no gosto, na moda, ou em noções subjectivas de simplicidade ou apelo estético.
É um facto que os cientistas nunca podem estar certos da "verdade" das suas