Filosofia da História

1. Introdução Esse trabalho visa mostrar os pontos em comum entre os pensamentos acerca da História dos filósofos: Hegel, Marx, Kant e Comte, assim como também suas especificidades e características marcantes. Eles, assim como outros mais, foram os que mais influenciaram a nossa forma ocidental de pensar sobre a História.
A História é da Humanidade

Os filósofos aqui estudados descrevem o curso da História sempre pensando a Humanidade como personagem principal dessa História, como se todas as pessoas de diferentes lugares e até de diferentes épocas estivessem de algum modo ligadas ao rótulo “Humanidade” e essa, ligada ao curso da História.
Hegel nos fala isso claramente, já que se utiliza dos conceitos Espírito, Ideia, Razão. Todos esses três estão ligados. Hegel vê a História do Mundo como a História da Humanidade. A história é guiada pelo Espírito Humano, pelo pensamento. É como se existisse algo que é intrínseco e comum a todos ao longo da história que, por mais que tenham suas particularidades, se estendem a todas as pessoas da História e também as guia. Não as guia como algo harmônico, mas em um movimento dialético, de contradição e conflitos, porque, afinal, se trata do pensamento. O Espírito utiliza meios como paixões, interesses egoístas e também inconscientemente o seu próprio Espírito presente nos seres humanos para que possa realizar a sua Ideia. A vontade do Espírito é se realizar, é se efetivar e nos conduzir à Liberdade.
“Resulta da Filosofia especulativa que a Liberdade é a única verdade do Espírito. A questão dos meios pelos quais a Liberdade se desenvolve num Mundo conduz-nos ao fenômeno da própria História.” (p.74) A História é a história da efetivação do Espírito e a condução à Liberdade realizando-se através da Humanidade.
“O Espírito é imortal; para ele não há passado nem futuro, mas um agora essencial. Isso implica necessariamente que a forma presente do Espírito compreende dentro dela todas as fases anteriores.” (p.87)

Kant