A História da Filosofia
O fim da Filosofia como plenitude acontece em Hegel, pois ela parece estar totalmente concluída no pensamento deste. Para melhor explicarmos este fim da Filosofia devemos apontar como a Filosofia nasce e qual o seu intuito, para depois podermos expor como ela chega a sua plenitude.
O nascimento da Filosofia e seu objetivo
A Filosofia nasce em um contexto grego, no qual predominava a vivência do mito, a qual toma as experiências vividas pelo ser humano e a aplica a sua existência, através de sentenças e oráculos: “…tenta unificar as formas da vida imediata através da sabedoria gnômica, das sentenças ou oráculos que procuravam exprimir as certezas elementares e os valores básicos da existência do homem grego no contexto político social das polis em formação”[3]. Mas, o pensamento da época via que os mitos não eram mais capazes de explicar a realidade, eles não eram capazes de reconstruir as coerências das expressões simbólicas da existência num plano superior ao da vida imediata: “A vida não seria capaz de justificar-se a si mesma de maneira imediata”[4].
Disto nasce a Filosofia que procurava explicar de forma racional a vida, ainda conservando a forma de universalidade efetiva capaz de autojustificar-se pela própria lógos: o termo philósophos designa a forma de saber regida pela theoría, pela contemplação desinteressada da verdade. O aparecimento dessa forma de saber só é possível quando se faz sentir a exigência de uma nova unidade ideal, capaz de reconstruir a coerência das expressões simbólicas da existência num plano superior ao da vida imediata [5]
A Filosofia surge, porque a força unificadora da vida se perdeu ou está ameaçada. Ela tem o intuito de usar a razão para unificar, pois o caos original já ameaça o pensamento vigente.
A Filosofia terá por intenção uma radical universalidade que se expressa na mutação semântica pela qual a língua grega tornou-se a língua filosófica e elevou os vocábulos tradicionais a uma