filosofia da educação
Conceitos de Filosofia, linguagem e currículos na Grécia Antiga
Karina Arroyo Cruz Gomes Pereira
Pedagoga, socióloga e mestranda em Geografia Cultural pela UERJ
Filosofia, ou Philos e Sophya, é literalmente uma verve, um ímpeto contínuo que leva à indagação ontológica e filológica. É o interesse, a perscrutação pelo início, pelo arque que tudo rege, pelo princípio racional e inteligível ou mesmo pelo princípio perfeito e ininteligível, desde que seja o ponto de partida que caracteriza o homem como tal e o define neste mundo, seja pela racionalidade dos processos mentais que o situam neste plano sensível, seja pela ilusão de que ele vive, devendo para tal descobrir o mundo perfeito e real, sem ilusões, seja pelos processos e categorias de pensamento que desvendam os métodos cognitivos de apreensão do real sensível ou metafísico, desde que estabeleça uma explicação universalmente válida para determinar o conhecimento verdadeiro e libertador. Esse conhecimento último é alcançado por meio de métodos, rigor na observância, empirismo, conclusões em categorias de análises humanas e, por fim, pela validação das hipóteses que suscitaram um encadeamento de análises mentais e processos práticos de comprovação.
Essas hipóteses têm simbiose com a ciência, podendo-se mesmo afirmar que são o substrato teórico da ciência empírica, visto que, a partir de formulações hipotéticas oriundas da experiência sensível, desenvolve-se uma cadeia de processos comprobatórios que nada mais são que as experiências científicas que depois são teorizadas a partir do conhecimento anterior já apreendido e reelaborado pela dialética e incorporados ao saber universal. O objetivo da Filosofia no sentido de abarcar a verdade válida, imperativa, pura e universal, garante ao homem a continuidade do saber científico; aliado aos processos evolutivos sociais, caracteriza e acompanha eternamente a história do homem, haja vista que a humanidade evolui sociointelectualmente em um continuum