Filosofia da Educação
Virtude do homem.
Neste contexto, o governante deve ser um Rei-filósofo (OLIVEIRA, 2013), que é o educador em sua plenitude, aquele que tem sabedoria para governar e educar, não deixando se levar pela riqueza e o prestígio. Para Platão era importante que o homem fosse virtuoso, pensasse, filosofasse, se libertasse de falsos conhecimentos gerados pela opinião, os quais considerava apenas sombras dos conhecimentos verdadeiros.
Mas quando Platão começa a refletir sobre a transcendência das leis, partindo do princípio que todas têm um fundamento que transcende de Deus, ele também passa a dar mais atenção aos processos educativos e a sua extensão, não interessando mais apontar quem poderá ser um governante, mas sim quantos indivíduos estarão aptos para a vida plena em sociedade. Ele começa a defender que a educação deveria ser pública e ministrada para meninos e meninas em prédios, específicos para esse fim.
Na proposta platônica de educação, percebemos uma exclusão quanto ao conhecimento, pois ela visava testar as aptidões dos alunos para que apenas os mais inclinados ao conhecimento recebessem a formação completa para se tornar governantes. Essa era a finalidade do sistema educacional planejado pelo filósofo, que pregava a renúncia do indivíduo em favor da comunidade. (REVISTA ESCOLA, Estudo permanente, 2013). O processo deveria ser longo, pois Platão acreditava que o talento e o gênio só se revelam aos poucos. Somente os que fossem bem-sucedidos no final do processo se tornariam governantes ou "guardiães do Estado".
Pode-se dizer que ele foi o primeiro pedagogo, não só por ter concebido um sistema educacional para o seu tempo mas, principalmente,