Filosofia da educação

955 palavras 4 páginas
Resenha
Livro: Filosofia e Educação: De Sócrates a Habermas
Autor: Leandro Konder
Resenhista: Ralph Ings Bannell
O suave contestador na trama da história
“A história não segue um curso arbitrário, não tem um movimento absurdo, que escapa sempre – e por completo – ao conhecimento dos seres humanos... tem sentido, sim, e é um sentido que depende daquilo que os homens que fazem conseguem lhe impor” (p. 87)
Em 2002, quando Leandro Konder recebeu o prêmio Intelectual do Ano, do Jornal do
Brasil, a reportagem que saiu sobre o fato teve o título de “O suave contestador”. Esse livro demonstra claramente essa característica do autor, porque na mesma maneira em que um leitor não atento poderia concluir que trata de uma breve história de pensadores que discutiram questões que têm implicações para a educação, o leitor mais atento vai perceber que a discussão se fundamenta numa filosofia da história inspirada em Marx, mas elaborada numa maneira suave, não doutrinária, fruto do diálogo que o autor tem tido com o marxismo ao longo de sua brilhante carreira. Como o epigrafo acima indica, o sentido de história defendido por Konder é um que tem a intervenção da subjetividade humana como eixo central. O livro trata da dimensão teórica e ideológica dessa intervenção. O livro começa com os pré-socráticos, os sofistas, Sócrates, Platão e Aristóteles, passa rapidamente pelo cristianismo e feudalismo, para se deter mais nos pensadores renascentistas, os grandes filósofos dos séculos XVI e XVII e do Iluminismo para, na última parte do livro, concentrar nos socialistas dos séculos XIX e XX. O penúltimo capítulo do livro trata o tema da razão, com discussões dos positivismos da segunda metade do século XIX e início do século XX, bem como os irracionalismos do mesmo período, fechando com uma discussão do inconsciente no pensamento contemporâneo. Por final, o livro fecha com uma pequena revisão do pensamento encontrado no livro como um todo, mas acrescentando alguns

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