Desde o século VI a.C., quando ocorreu o surgimento da Filosofia, ela foi posta como uma nova ordem de pensamento. A filosofia sempre esteve ligada à Educação, como ordem de pensamento que visa tornar o homem um ser preocupado em esclarecer e participar da realidade em que vive. Então, com relação ao papel filosófico na educação, cabe salientar que, consiste também nessa reflexão sobre os problemas que a realidade educacional apresenta. Então, assim como na realidade social, na educacional o papel da filosofia é também o de despertar o senso crítico das pessoas. Demerval Saviani (1989) nos aponta que a construção do pensamento se inicia pelo empírico, passando pelo abstrato e assim, chegando ao concreto. Do mesmo modo, segundo ele, em termos de concepção de mundo, se dá a passagem do senso comum à consciência filosófica. A correspondente passagem do homem do mundo obscurecido em que vive, para o novo mundo visível e real que pode, certamente, proporcionar a si mesmo e consequentemente ao seu semelhante. A educação sistematizada se originou na Grécia, por meio do método dialógico com Sócrates, onde proporcionava diálogos críticos com seus interlocutores, fazendo com que, através das interrogações feitas por ele, pudessem dar a luz as suas próprias idéias. Para ele o conhecimento está dentro de cada homem, só necessita ser despertado. Sócrates diz que cada um de nós pode ser filósofo, para que isso aconteça, devemos ser conhecedores da nossa própria ignorância e, estarmos em constante busca pelo verdadeiro conhecimento, que se dá para além das aparências das coisas materiais, no mundo das idéias. Platão, discípulo de Sócrates, pode ser considerado o fundador da teoria da educação. Afirmava que só é possível chegar ao conhecimento verdadeiro através do método que propôs: a dialética. Esta era um meio de refutar as afirmações propostas pelas pessoas. Para ele, o verdadeiro conhecimento se encontra no mundo das idéias, o qual,