Filosofia da ciência
Departamento de Ciências Humanas – CAMPUS V
Metodologia do Trabalho Acadêmico
Docente – Rocio Castro
Discente – Edna Lorena Brito
Pode-se notar no texto de COTRIM (2000) que desde o surgimento da ciência moderna, vários filósofos buscaram separar a investigação filosófica da investigação científica através de uma caracterização dos métodos próprios à filosofia. Como as ciências privilegiam a investigação empírica, se fundamentando na observação e na experiência, seguindo métodos ou não, defendendo que a adoção de métodos a priori, ou seja, que antecedem a investigação empírica ou são dela independentes seria o marco definidor do trabalho filosófico.
Nos casos da argumentação lógica, da análise conceitual e da síntese compreensiva não há necessidade de observação dos fenômenos para que se decida se uma conclusão é ou não é logicamente correta, se um conceito está sendo ou não corretamente. Isso não implica numa separação entre a ciência e a filosofia. Ao contrário, implica que os filósofos estão aptos a analisar os conceitos e argumentos das ciências, e, nesse domínio, podem prestar um serviço relevante ao aperfeiçoamento das teorias científicas.
Outras questões ainda surgem no mundo contemporâneo em relação à ciência. Elas dizem respeito ao sentido, ao valor e aos limites éticos do conhecimento científico.
Levando-se tudo isso em consideração, percebemos que a ciência não pode ser pensada como um setor da sociedade no qual um grupo de pessoas trabalha desinteressadamente no desenvolvimento do conhecimento humano.
A ciência está atrelada a interesses econômicos políticos que norteiam sua própria ação, seja pela definição do que vai ser pesquisado, seja pela escolha das áreas que serão beneficiadas com recursos para possibilitar as pesquisas.
Não é de competência dos cientistas saber o que é a ciência, o que distingue este conhecimento dos outros, o que é o método, o que é a verdade, qual a relação entre os fatos