Ciencia e filosofia
Enquanto a filosofia busca a verdade, dentro de um sistema, inquestionável e inabalável; a ciência encontra sempre verdades provisórias. Na filosofia a quebra de paradigma não acontece, conjuntos teóricos paradoxais.
Em outro sentido, o sistema pode ser questionado através do contexto de sua construção e pelos embates enfrentados na época de sua construção.
Na ciência esta convivência de paradigmas não é possível, pois uma verdade, mesmo que provisória, anula a outra. A despeito da ciência trabalhar com hipóteses e teses, as contradições não são aceitas, geram a quebra do paradigma. Já na filosofia a verdade é dogmática e, ao mesmo tempo, relativa.
A função da filosofia foi a partir do momento que a ciência começou a tornar-se complexa, multiplicando-se e se particularizando, sua especialização passou a comportar forte influencia ideológica. Cabe a filosofia, perguntar até que ponto os cientistas realmente são neutros.
A partir do século XVIII, a ciência passou a pretender ser objetiva, neutra, isenta de influências ideológicas, voltada à construção de um conhecimento desinteressado em prol do beneficio da humanidade.
Em outras palavras, cabe questionar os limites da ciência, e por isso a partir do século XIX, a filosofia passou a discutir a questão da neutralidade e a ética de fazer ciência.
Para saber mais sobre o assunto.
GOLDSCHMIDT, V. “Tempo histórico e tempo lógico na interpretação dos sistemas filosóficos” In: A religião de Platão. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1963, p.139-147.
LALANDE, André. Vocabulário técnico e critico da filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
KUHN, Thomas. A estrutura das revoluções cientificas. São Paulo: Perspectiva, 1997.
PRADO JR, Caio. O que é filosofia? São Paulo: Brasiliense, 1997.
RAMOS, Fábio Pestana “A diversidade filosófica e a busca da verdade; qual é o papel