Filosofia da ciencia

1096 palavras 5 páginas
A HISTÓRIA DA CIÊNCIA DO CONHECIMENTO
Sérgio Roberto Kieling Franco.
Durante a história do pensamento humano vemos que este encarou o conhecimento de maneiras diversas. Podemos começar, para compreender bem esta história, pela Grécia Antiga. O primeiro encontro que vamos ter será com Parmênides de Eléia, no final do século VI, início do século V a. C. Ele afirmava que há dois caminhos que o espírito humano pode percorrer: o da "episteme" (verdade) e o da "doxa" (opinião). Este pensador grego afirmava que o que vemos aí, no mundo, na sua multiplicidade e movimento é mera "doxa", pois o verdadeiro deverá ser uno e imóvel, além de imutável. Se for múltiplo não será verdadeiro porque é cópia e se for móvel (mutável) também não o será porque já não é mais o que era. Portanto a ciência dos objetos deste mundo não nos revela a verdade, somente a contemplação o fará.
Contemporâneo a Parmênides encontramos Heráclito de Éfeso, que afirmou que o verdadeiro só é aquilo que se move (ao contrário de Parmênides), pois faz parte da essência da natureza o movimento. É dele a famosa frase: "Ninguém pode banhar-se duas vezes no mesmo rio." Para este pensador o "logos" (sentido) do mundo é a unidade nas mudanças e nas tensões entre os opostos (quente e frio, dia e noite, paz e guerra, etc.). Embora o leitor possa achar que Heráclito está muito mais próximo do pensamento contemporâneo, na sua época ele não teve muito sucesso. Parece que Parmênides convenceu melhor os gregos.
Mais tarde (séc. IV a. C.) surgiu Platão, que afirmava que o mundo conhecido por nós não é a verdade: o múltiplo e o móvel são mera representação do verdadeiro, que se encontra num mundo à parte, o "Mundo das Idéias". Portanto, para se conhecer a essência das coisas não se deve ir ao encontro da natureza, mas, pela reflexão filosófica, procurar penetrar no Mundo das Idéias.
Discípulo de Platão, Aristóteles introduziu uma concepção que perdura até hoje: a de que a essência de cada coisa está na própria

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