Filosofia antiga
1. PERÍODO COSMOLÓGICO
Estende-se do século VI aC ao final do século V aC. É marcado pela preocupação dos filósofos da época em descobrir a substância essencial de todos os seres. Esta descoberta deveria dar-se pela racionalidade, e não pelos mitos, que eram a forma comum de explicação para os fenômenos da natureza antes deste período (Chaui, 2002). Os filósofos do período cosmológico tentavam responder, utilizando a razão, aos problemas da origem, da ordem e transformação da natureza e do homem, como animal que é.
Os filósofos pré-socráticos (do período cosmológico) defendiam que o mundo não surgiu do nada, e que a natureza é eterna, já que, mesmo que as coisas se transformem, elas nunca desaparecem.
Surgiram diversas escolas, mas os pré-socráticos, de maneira geral, buscavam o arché, o elemento constitutivo de todas as coisas (Nunes, 1986).
1.1 ESCOLA JÔNICA
Primeira escola filosófica, desenvolveu-se durante o século VI aC. Seus integrantes acreditavam que encontrariam o arché em um único elemento.
Para Tales de Mileto (625-558 aC), considerado o primeiro filósofo da história, o arché era a água. Anaximandro de Mileto (610-547 aC) acreditava que havia um princípio anterior às coisas, imperceptível pelos cinco sentidos, mas capaz de permitir a compreensão dos elementos observados na natureza, e chamou tal princípio de Ápeiron. Anaxímenes de Mileto (588-528 aC), o primeiro homem a afirmar que a Lua era iluminada pelo Sol, acreditava que a Terra era plana e flutuava sobre o ar, por isso, para ele, o Aché era o ar. Heráclito de Éfeso (540-476 aC) entendia o mundo como sendo dinâmico e em constante transformação; o elemento fundamental é o fogo (Cabral, 2006; Chaui, 2002; Nunes, 1986).
1.2 ESCOLA PITAGÓRICA
Fundada por Pitágoras de Samos, esta escola reúne elementos